A convivência entre carros e motos nas ruas exige atenção redobrada dos motoristas, já que pequenos descuidos podem ter graves consequências. Muitos hábitos comuns ao volante colocam os motociclistas em risco, seja por distração ou falta de percepção. Um artigo recente destacou sete práticas que todo condutor de automóvel deve abandonar para garantir a segurança nas vias. Esses comportamentos, muitas vezes automáticos, precisam ser revistos com urgência. A relação entre os veículos de quatro e duas rodas depende de respeito mútuo. Ignorar isso pode custar vidas.
O primeiro hábito a ser eliminado é não olhar os retrovisores com frequência. Motos são menores e podem estar em pontos cegos ou se aproximando rapidamente. Um simples ajuste de cabeça para checar os espelhos antes de mudar de faixa ou fazer conversões é essencial. A pressa ou a confiança excessiva no trânsito muitas vezes leva motoristas a pular essa etapa. Mas essa negligência pode impedir a visão de um motociclista próximo. A atenção constante aos retrovisores salva vidas.
Outro erro comum é abrir a porta do carro sem olhar ao redor, o chamado “door prize”. Estacionar e sair do veículo sem verificar se há motos ou bicicletas passando é um risco enorme. Uma porta aberta repentinamente pode derrubar um motociclista ou forçá-lo a desviar, causando acidentes. O ideal é usar o retrovisor e girar o corpo para checar o entorno antes de descer. Esse cuidado simples evita colisões e protege quem está mais vulnerável. A pressa nunca deve superar a segurança.
Mudar de faixa sem dar seta é um terceiro hábito perigoso que precisa acabar. A sinalização é crucial para que motociclistas antecipem os movimentos dos carros, especialmente em alta velocidade. Sem a indicação clara, o motociclista pode ser pego de surpresa e não ter tempo de reagir. Esse comportamento reflete uma falta de comunicação no trânsito que é facilmente corrigida. Usar a seta não é apenas uma regra, mas um ato de responsabilidade. A previsibilidade reduz acidentes.
Ultrapassar motos muito de perto ou “colar” nelas é outro problema recorrente. A proximidade excessiva assusta o motociclista e limita seu espaço de manobra em caso de imprevistos, como buracos ou freadas bruscas. Carros devem manter uma distância segura, respeitando a vulnerabilidade de quem está sobre duas rodas. A impaciência de alguns motoristas ao lidar com motos mais lentas não justifica o risco. Dar espaço é uma questão de bom senso e empatia. A segurança deve vir em primeiro lugar.
Ignorar motos ao fazer conversões ou entrar em cruzamentos é o quinto hábito a ser abandonado. Muitos motoristas focam apenas em outros carros e pedestres, esquecendo que motos podem estar no fluxo. A baixa visibilidade das motocicletas exige que o condutor redobre a atenção nesses momentos. Olhar duas vezes antes de girar o volante pode fazer toda a diferença. A pressa para atravessar ou virar não pode ignorar quem divide a via. Cada detalhe conta para evitar tragédias.
Dirigir distraído, seja mexendo no celular ou ajustando o som, também ameaça os motociclistas. A distração tira o foco do trânsito e impede a percepção de motos que surgem rapidamente entre os carros. Um segundo de desatenção pode ser fatal, já que o tempo de reação é menor contra imprevistos envolvendo duas rodas. Manter as mãos no volante e os olhos na pista é fundamental. A tecnologia deve ser usada com responsabilidade no trânsito. Concentração é sinônimo de prevenção.
Por fim, subestimar a velocidade das motos é um erro que motoristas devem corrigir. Muitos julgam mal a rapidez com que uma motocicleta se aproxima, especialmente em vias expressas. Isso leva a manobras arriscadas, como cortar a frente de um motociclista sem calcular direito. Reconhecer que motos têm dinâmica própria ajuda a tomar decisões mais seguras. Ajustar o timing ao interagir com elas evita situações críticas. Respeito e cautela são a base dessa convivência.
Abandonar esses sete hábitos não é apenas uma questão de cumprir leis, mas de preservar vidas no trânsito. Motoristas de carros têm um papel essencial na proteção dos motociclistas, que estão mais expostos a riscos. Pequenas mudanças de atitude, como checar retrovisores ou dar seta, geram um impacto enorme na segurança. O trânsito é um espaço compartilhado que exige consciência coletiva. Adotar essas práticas pode reduzir acidentes e salvar vidas. Que tal começar hoje?