Aldo Vendramin, empresário e fundador, expõe que as provas equestres são mais do que competições: elas representam a alma viva do campo, a essência da cultura gaúcha e o elo entre o passado e o futuro da tradição crioula. Em cada pista, o cavalo e o cavaleiro carregam não apenas técnica, mas valores que atravessam gerações, respeito, coragem, companheirismo e amor pelo Rio Grande do Sul.
Venha entender a importância e a técnica das provas equestres e como elas ainda influenciam muitas vidas ao redor do Brasil.
Tradição que se renova a cada geração
As provas equestres nasceram da rotina campeira, quando o homem do campo precisava testar a resistência e a habilidade de seus animais nas lides diárias. Hoje, eventos como o Freio de Ouro mantêm viva essa herança, mas em um formato que combina cultura, esporte e desenvolvimento econômico.

Segundo o senhor Aldo Vendramin, o segredo da longevidade dessas provas está na capacidade de unir tradição e modernidade, já que elas se adaptaram aos novos tempos, mas sem perder a essência. Continuam mostrando o que há de mais autêntico no campo: a parceria entre o homem e o cavalo.
O Cavalo Crioulo como símbolo da identidade sulina
Nenhuma outra raça traduz tão bem o espírito gaúcho quanto o Cavalo Crioulo. Conhecido por sua rusticidade, inteligência e resistência, ele é peça central da história do Rio Grande do Sul e um dos pilares da cultura regional.
A preservação da raça não é apenas uma questão zootécnica, mas também cultural, pois como informa Aldo Vendramin, cada crioulo representa séculos de seleção, esforço e orgulho. Quando um animal entra em pista, leva consigo a história de famílias, estâncias e comunidades inteiras.
O Cavalo Crioulo se consolidou como um dos mais importantes patrimônios genéticos do Brasil, com destaque internacional em qualidade e funcionalidade. Essa projeção reforça o papel das provas equestres como vitrines de excelência e embaixadoras da cultura gaúcha no mundo.
Um patrimônio que movimenta economia e turismo
Além do valor simbólico, as provas equestres geram um impacto econômico expressivo. Hotéis, restaurantes, transportadoras, veterinários, ferradores e artesãos são beneficiados direta ou indiretamente pelos eventos.
O empresário Aldo Vendramin ressalta que o Freio de Ouro e outras competições regionais movimentam milhões de reais por ano, fortalecendo o turismo rural e criando oportunidades para pequenas cidades do interior, visto que cada prova é um polo de desenvolvimento, porque reúne criadores, famílias, profissionais e apaixonados pelo cavalo em um mesmo propósito.
Educação, pertencimento e novas gerações
Outro fator essencial é o aspecto educativo e social dessas competições. Em muitas regiões, escolas e comunidades se mobilizam para participar de atividades culturais ligadas aos eventos, como apresentações musicais, oficinas e exposições. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) tem investido fortemente em programas de formação de jovens, mostrando que o cavalo é também uma ferramenta de cidadania.
Iniciativas assim ajudam a perpetuar a cultura, e tal como explicita Aldo Vendramin, quando uma criança vê o cavalo, aprende sobre responsabilidade, respeito e disciplina. Isso forma caráter e mantém viva a chama da tradição.
Tradição e inovação caminhando juntas
O uso de novas tecnologias também tem fortalecido o universo das provas equestres. Transmissões ao vivo, redes sociais e plataformas de streaming levam o Freio de Ouro a milhares de espectadores no Brasil e no exterior. Isso amplia o alcance da cultura gaúcha, conquista novos públicos e valoriza o trabalho dos criadores.
Assim como destaca Aldo Vendramin, a tecnologia não substitui a tradição, mas a potencializa. As ferramentas digitais ajudam a mostrar o valor do cavalo crioulo, divulgar a genética e preservar nossa história de forma moderna e acessível.
Legado, continuidade e identidade
As provas equestres são, em última instância, celebrações da identidade gaúcha. Elas reúnem diferentes gerações, conectam famílias e mantêm viva a noção de pertencimento. O campo muda, a economia evolui, mas o sentimento de orgulho permanece o mesmo, e como considera o senhor Aldo Vendramin, preservar essa cultura é um ato de respeito e de visão de futuro.
Assim, cada volta na pista, cada movimento e cada laço amarrado são símbolos de continuidade, um lembrete de que o cavalo crioulo é mais do que um animal: é um patrimônio vivo do povo gaúcho, que inspira, emociona e une.
Autor: Daker Riaso