Para a Deputada Estadual Daniella Jadão Menezes, ampliar a presença das mulheres na política institucional e nos espaços de controle social é condição indispensável para uma democracia mais justa no Maranhão. Quando elas ocupam cadeiras em conselhos, câmaras, assembleias e movimentos organizados, novas pautas aparecem, prioridades mudam e políticas públicas se aproximam da vida real das famílias. A inclusão feminina nesses espaços não é apenas uma questão de representatividade numérica, mas de garantir que a diversidade de experiências, responsabilidades e desafios vividos pelas mulheres esteja refletida nas decisões do Estado.
Essa participação transforma a forma de fazer política: promove mais diálogo, fortalece a escuta das comunidades e estimula uma cultura de cuidado com direitos sociais, proteção às famílias, combate à violência e promoção da igualdade.
Representatividade feminina como espelho da sociedade
Ainda existe uma distância grande entre o número de mulheres na população e a presença delas em cargos eletivos e conselhos de políticas públicas. Daniella Jadão Menezes frisa que essa diferença revela um desafio estrutural, construído ao longo de décadas, que precisa ser enfrentado com políticas claras de incentivo e proteção.
Quando uma mulher ocupa uma cadeira em um parlamento, conselho municipal ou conferência temática, ela leva consigo vivências ligadas ao cuidado com a casa, ao acompanhamento escolar dos filhos, ao trabalho muitas vezes triplo e às múltiplas formas de violência e discriminação. Esses olhares, somados aos de outros segmentos, enriquecem o debate e tornam as políticas mais aderentes às necessidades concretas da população.
Adicionalmente, a presença de mulheres em espaços de decisão inspira outras a participarem, cria referências positivas para meninas e adolescentes e contribui para romper com estereótipos que associam a política apenas a figuras masculinas.
Controle social e participação nas decisões do Estado
Conselhos de políticas públicas, audiências, conferências e fóruns são instrumentos de controle social fundamentais para acompanhar, fiscalizar e propor ações governamentais. Daniella Jadão Menezes analisa que garantir a presença ativa de mulheres nesses espaços é assegurar que temas como saúde, educação, segurança, assistência social e direitos das mulheres sejam debatidos com quem sente na pele os efeitos das decisões.
Mulheres que participam de conselhos de saúde, assistência social ou direitos humanos, por exemplo, contribuem para apontar falhas, sugerir novas estratégias e cobrar a implementação de programas. Elas também ajudam a traduzir a linguagem técnica em demandas concretas, aproximando o Estado das comunidades.

O controle social fortalecido faz com que a política deixe de ser algo distante e passe a ser vivida como prática cotidiana, em que cada moradora e cada liderança pode acompanhar de perto o uso dos recursos públicos e a qualidade dos serviços oferecidos.
Formação política, acolhimento e redes de apoio
Entrar e permanecer na política ainda é um desafio para muitas maranhenses, seja pela sobrecarga de trabalho doméstico, seja pela violência política de gênero, seja pela falta de redes de apoio. Sob a perspectiva de Daniella Jadão Menezes, é essencial criar ambientes de formação e acolhimento que ajudem mulheres a se preparar para a atuação pública e a enfrentar barreiras históricas.
Cursos de formação cidadã, oficinas sobre participação política, rodas de conversa sobre direitos, além de programas que incentivem candidaturas femininas e a presença de mulheres em conselhos, são estratégias que ampliam a confiança e fortalecem lideranças locais.
As redes de apoio entre mulheres também cumprem papel importante. Quando lideranças se conectam, trocam experiências e se ajudam mutuamente, o caminho se torna menos solitário e mais seguro. Esse suporte coletivo contribui para enfrentar ataques, deslegitimações e resistências que, infelizmente, ainda marcam o cenário político.
Democracia fortalecida pela voz das mulheres maranhenses
Uma democracia sólida não se mede apenas pelo número de eleições realizadas, mas pela diversidade de vozes que conseguem participar das decisões. Na compreensão de Daniella Jadão Menezes, o Maranhão ganha quando mais mulheres ocupam espaços de fala, voto e fiscalização.
Cada conselheira que acompanha a execução de um programa social, cada vereadora que leva ao plenário pautas de proteção às famílias, cada liderança comunitária que participa de audiências públicas contribui para um Estado mais transparente, sensível e comprometido com a realidade de seu povo.
Quando as mulheres maranhenses se reconhecem como sujeitas políticas, dentro e fora das instituições, a democracia se torna mais próxima, mais concreta e mais humana. Um Maranhão que abre espaço para que suas mulheres opinem, decidam e controlem o uso do recurso público escolhe um caminho de justiça, equilíbrio e respeito à diversidade.
Autor: Daker Riaso
