De acordo com a Dra. Thaline Neves, a biópsia guiada por ultrassom é um procedimento minimamente invasivo que combina imagem em tempo real e coleta de tecido para diagnóstico preciso de lesões suspeitas. Desse modo, a técnica alia rapidez, segurança e alta taxa de acerto, tornando-se padrão em diversas áreas da medicina. Interessado em conhecê-la melhor? Neste artigo, você descobrirá como o método funciona, quando é recomendado e quais cuidados são necessários antes e depois da intervenção.
Como funciona a biópsia guiada por ultrassom?
A biópsia guiada por ultrassom consiste no uso de ondas sonoras de alta frequência para localizar com exatidão a área a ser biopsiada. Isto posto, o médico posiciona o transdutor sobre a pele, obtém imagens em tempo real e insere uma agulha fina ou grossa, conforme o tipo de exame, para retirar fragmentos de tecido. Esse material segue para análise em laboratório de patologia, permitindo confirmar ou descartar doenças como câncer, inflamações crônicas ou infecções localizadas.
Segundo Thaline Neves, a combinação da biópsia com o ultrassom reduz o risco de amostragens imprecisas, já que a imagem dinâmica possibilita ajustes instantâneos da trajetória da agulha. Além disso, por não utilizar radiação ionizante, o método é seguro para diferentes faixas etárias e pode ser repetido sem prejuízo ao paciente.
A realização do procedimento, passo a passo
Primeiro, o profissional avalia exames prévios e define o ponto ideal para a coleta. Já na sala de ultrassonografia, o paciente permanece deitado de forma confortável, enquanto a região alvo é higienizada e anestesiada localmente. O transdutor mapeia a lesão; em seguida, a agulha penetra a pele até atingir o tecido indicado.
Tendo isso em vista, todo o processo cerca de 1 hora, variando conforme a localização e o número de fragmentos a serem retirados. Ao final, é aplicada uma leve compressão para estancar possíveis sangramentos e um curativo simples que geralmente pode ser removido em 24 horas. Assim sendo, o retorno às atividades cotidianas costuma ser rápido, com restrições mínimas, como destaca a Dra. Thaline Neves.
Quais são as principais indicações?
A biópsia guiada por ultrassom é amplamente indicada para diferentes tipos de lesões identificadas em exames de imagem. Até porque, a técnica é eficaz tanto para investigações oncológicas quanto para avaliação de inflamações ou nódulos de comportamento duvidoso. Abaixo, listamos as situações mais comuns em que o procedimento costuma ser solicitado:
- Lesões de mama suspeitas em mamografia ou ressonância
- Nódulos de tireoide com características de risco no ultrassom
- Massas hepáticas ou renais identificadas em exames de imagem
- Linfonodos de crescimento atípico no pescoço ou axila
- Lesões musculoesqueléticas que não respondem a tratamentos convencionais

Essas indicações são definidas com base em protocolos clínicos e avaliação médica individualizada. Dessa forma, a escolha do método de biópsia depende de fatores como localização da lesão, tamanho, profundidade e histórico do paciente.
Por que a biópsia guiada por ultrassom é tão precisa?
A precisão deriva da capacidade de visualizar em tempo real a ponta da agulha e a anatomia circundante. O que possibilita coletar amostras exatamente da região suspeita, evitando tecido saudável e reduzindo falsos negativos. Inclusive, a sua taxa de acurácia pode ultrapassar 95% em centros especializados, comparável a métodos guiados por tomografia, porém com menor custo e sem radiação.
Outro ponto crucial é a possibilidade de múltiplas amostras no mesmo acesso cutâneo, conforme comenta Thaline Neves. Assim, sempre que a primeira coleta não atinge textura ou cor desejadas, o operador reposiciona a agulha sob visão direta, assegurando representatividade adequada do material para o patologista.
O preparo antes e após o procedimento
A preparação para a biópsia guiada é simples, mas requer atenção a algumas orientações médicas. Jejum curto, suspensão de medicamentos e revisão de exames laboratoriais são medidas frequentes. Após o exame, alguns cuidados favorecem a recuperação:
- Repouso relativo nas primeiras 24 horas
- Hidratação adequada para auxiliar cicatrização
- Analgésicos leves prescritos, caso haja desconforto
- Monitorar sinais de infecção, como vermelhidão intensa ou febre
- Comparecer à reavaliação caso surja dor persistente ou sangramento
Esses cuidados, de acordo com a Dra. Thaline Neves, aceleram a recuperação e reduzem complicações. Desse modo, ao cumprir as orientações, a maioria dos pacientes retoma rotina normal sem limitações extensas.
Segurança e precisão com a biópsia guiada por ultrassom
Em última análise, a biópsia guiada por ultrassom consolidou-se como uma ferramenta indispensável para a medicina moderna. Uma vez que, o método combina imagem em alta definição, mínima invasividade e resultados rápidos, conferindo confiança ao clínico e tranquilidade ao paciente.
Autor: Daker Riaso